Como fazer um bom Plano Estratégico Empresarial
Este artigo é um breve e prático tutorial de como fazer um bom plano estratégico empresarial. Simples e objetivo, ele oferece uma visão geral da ação de planejar com eficácia.
Nós partimos aqui do princípio de que o leitor já está minimamente convencido de que ter um Plano Estratégico Empresarial é muito importante para quem quer ter sucesso, mas se este não é o seu caso, recomendo a leitura do artigo:
Plano Estratégico Empresarial x Comportamento Empreendedor x Sucesso
AS TRÊS ETAPAS DO PLANO
Um plano deve passar basicamente por três fases, que são:
- Diagnóstico Preciso (onde e como estou);
- Metas Realistas (onde quero e posso chegar);
- Plano Racional (como e quando chegar lá).
A ordem de elaboração do plano deve ser esta, mas é natural que na fase de diagnóstico já se pense em metas e etapas do plano. Mas é preciso terminar o diagnóstico antes de bater martelo nas metas. E é preciso ter as metas definidas, bem realistas, antes de terminar o plano. Então, parece bem óbvio, não? Então vamos à primeira fase:
O DIAGNÓSTICO PRECISO
Um diagnóstico precisa responder no mínimo as seguintes questões:
- Minha empresa deu lucro nos últimos 12 meses? Exatamente quanto?
- Minha empresa teve sobra de caixa nos últimos 12 meses? Exatamente quanto?
- Como será meu fluxo de caixa nos próximos 6 meses?
- Eu precifico corretamente meus produtos (bens ou serviços)?
- Eles possuem Margens de Contribuição equalizadas e viáveis?
- Quanto é o meu CAC – Custo de Aquisição de Clientes?
- Meu marketing é adequado?
- A governança da empresa, dos sócios e gerentes, é pacífica, eficiente e eficaz?
- Meus processos produtivos são eficientes e eficazes?
- O clima organizacional é bom?
- Como estou em relação aos meus concorrentes diretos? Sou competitivo em qualidade, preços e atendimento?
- E o meu mercado, vai diminuir, ficar estável ou crescer nos próximos meses e anos?
- Estou ficando ultrapassado? Preciso inovar?
Além de debruçar sobre seus números, sugerimos conversar de forma amistosa e sincera com os funcionários mais antigos ou que demonstrem ter uma visão crítica da empresa. E peça ajuda a eles: que sejam sinceros na sua visão da empresa.
Uma coisa é fundamental aqui, não errar no diagnóstico. Agora pense em um médico que não pede os exames necessários ou interpreta errado os que recebeu. Ou seja, que erre no diagnóstico. O que ele vai fazer? Te dar uma receita errada. E isso pode fazer de um pequeno problema um grande problema. Digo sempre aos meus clientes que 80% do desafio de uma consultoria é acertar o diagnóstico. Assim, as duas fases seguintes são mais tranquilas. Então vamos então para a segunda fase:
AS METAS REALISTAS
Agora que você está conhecendo melhor sua empresa, pois fez um diagnóstico preciso de toda a situação, é preciso estabelecer metas realistas, factíveis de serem alcançadas na sua realidade. Existem basicamente dois grupos de metas:
As econômico-financeiras:
- Quer crescer? Quanto? Em quanto tempo?
- Quer apenas aumentar sua lucratividade? Hoje é de quanto? E para quanto? Em quanto tempo?
- Quer aumentar seu patrimônio líquido? Quitar dívidas? Quanto? Em quanto tempo?
As de qualidade de vida:
- Quer retirar mais dinheiro a título de pró-labore? Quanto? Quando?
- Quer trabalhar menos? Quanto? Quando?
- Quer parar de trabalhar com coisas que não gosta? Quais? Quando?
Então, metas prontas, realistas? Vamos então para a terceira e última fase:
O PLANO DE AÇÃO
Eu costumo dizer que esta é a fase mais fácil na elaboração de um Plano Estratégico Empresarial, pois se você sabe onde e como está e onde quer chegar, fazer o roteiro da viagem é relativamente fácil. Mas mesmo assim, vou sugerir conferir um artigo que fala sobre como elaborar um bom plano de ação. Ele dá dicas sobre como utilizar uma planilha 5w2H. Veja neste link: Planilha 5W2H – O que é, como fazer e quando utilizar
E AGORA? O PLANO ESTÁ PRONTO?
Então acabou a etapa de inspiração e começa a de transpiração, onde comprometimento de toda a empresa com a efetiva implantação do plano é o principal fator de sucesso. E é importante também ir avaliando o que está dando certo e o que não. E ir revisando o plano. E nunca abandonar um plano, apenas revisar, ainda que precise fazer alterações radicais. Isso acontece normalmente quando ocorrem erros nas fases de diagnóstico (mal feito) e definição de metas (irrealistas). Mas é melhor corrigir do que abandonar e voltar a ficar sem um plano.
CANSOU ANTES DE COMEÇAR? OU ACHA QUE NÃO É CAPAZ?
Seja qual for o caso, sugiro mais uma leitura:
Sucesso.
Sugestões de Artigos Complementares:
Fluxo de Caixa e DRE Gerencial – a essência de um bom Controle Financeiro