Perfis Profissionais – o Técnico, o Gerente e o Empreendedor

O Técnico, o Gerente e o Empreendedor – Quanto de cada um você tem?

Esta é uma das abordagens mais interessantes que conheço sobre perfil profissional e, por isso, adoro utilizar. Infelizmente não achei mais o primeiro texto que li, o que me impede de citar o autor. Ao longo dos anos vi mais uma ou outra abordagem similar. Isso tudo se misturou às minhas observações do dia a dia, mais alguns textos meus, e não consigo mais separar o que é meu do que é de terceiros. Só o principal e essencial, a sacada do primeiro autor: a sistematização do nosso perfil em três tipos – o técnico, o gerente e o empreendedor. É muito didático. Vamos a um resumo:

perfil empreendedor compõe com o perfil técnico e o perfil gerencial os três perfis profissionais básicos. São perfis que se aplicam a qualquer tipo de organização, pública ou privada e a todos profissionais. É possível desenvolver esses perfis, ainda que com limites. Isso inclui o perfil empreendedor, que pode ser desenvolvido em alguma medida e com isso você melhore seu desempenho como empresário.

O Técnico

É o cara concreto, aquele que pega com a mão na massa. O engenheiro que projeta, o padeiro que faz o pão, o mecânico que conserta, o pedreiro que constrói. Sua realização é ver um trabalho tangível, tocável, pronto: o projeto no papel, o pão quente, o carro andando de novo, a casa pronta.

Seu desafio é fazer as coisas cada vez melhores e mais rápido. Não se importa, ou mesmo gosta, de trabalhar sozinho. Gosta de horários, mas esquece deles quando em frente de um desafio técnico.

Gosta de ir para casa com o dever cumprido, relaxado. Para ele, o gerente e o técnico são uns teóricos. Ele, sim, é que constrói o mundo. Sem ele, tudo não passaria de palavras.

O Gerente

Esse gosta é de ser o maestro da banda. Tem boa parte dos conhecimentos do técnico, quase sempre já foi um, mas não gosta mais de sentar e fazer. Sua realização é coordenar pessoas para que tudo saia conforme planejado. Ama a repetição, pois ela significa fazer tudo sempre igual, perfeito, se possível.

Ele divide as atividades entre os técnicos, acompanha o trabalho deles, cobra as execuções, identifica e corrige problemas e tudo mais necessário para que o trabalho final fique pronto sem erros e no prazo.

Ele prefere atividades repetitivas, pois elas significam fazer tudo sempre igual e perfeito, se possível. Também lhe agradam cumprir horários e ir pra casa com o dever de casa cumprido, relaxado.

Adora cumprir horários e ir para casa com o dever de casa cumprido, relaxado. Gosta de lidar com gente. E acha que é ele que faz o mundo. Afinal, o que faria um bando de técnicos descoordenados?

Pior pensa do empreendedor, pessoa que de vez em quando tem grandes sacadas, mas, no dia a dia, não passa de um teórico, sonhador. Quando o empreendedor entra na empresa é para atrapalhar, pois está sempre querendo mudar coisas que ele custou para colocar funcionado redondinhas.

O Empreendedor

É o visionário, o criador. Onde os outros veem problemas, ele vê oportunidades. Mobiliza ao seu redor os recursos necessários para concretizar uma ideia. Tem metas, planeja, lidera, persiste.

Não liga pra horários. Quase não relaxa. Sua realização pessoal é realizar coisas novas, transformar sonhos em realidade. Está sempre procurando algo novo pra fazer. Está seguro de que se não fosse ele, o mundo não evoluiria.

Quem é o mais importante?

É fácil ver que o mundo precisa de todos. E em doses equilibradas.

Um empreendedor que só quer realizar novos empreendimentos pode ser péssimo para os negócios. Uma empresa precisa passar por um processo de maturação de uma nova unidade de negócios, em especial começar a dar lucros sólidos e consistentes.

São esses lucros que irão pagar o investimento feito e gerar recursos para o próximo. É comum empresários que mal concretizaram uma ideia partirem para outra, mesmo que isso signifique desfocar a equipe e comprometer o caixa. É quando o desejo de um prazer pessoal supera a racionalidade. Quantas empresas já vi em dificuldades por este motivo.

Da mesma forma é ruim um gerente radical, pois tenderá a ser avesso a mudanças, boicotando novas iniciativas, não importa de onde venham. Prejudica, assim, melhorias de produtividade e de competitividade, que podem culminar em uma falência.

Assim como é ruim um técnico radical, que evita trabalhar em equipe, desenvolver ideias em conjunto, adotar técnicas desenvolvidas por terceiros. Igualmente prejudica a produtividade e competitividade. Além do clima organizacional.

E quem você é?

Certamente uma mistura destas três características. Ninguém é só uma delas, mas quase sempre tem uma delas mais aflorada. O importante é se conhecer e lidar melhor com essas características.

E o que isso tem a ver com como nascem, crescem e morrem as empresas?

A maior parte das empresas nasce quando uma pessoa com ótima capacidade técnica, ou seja, com Perfil Técnico, mas também com Perfil Empreendedor, resolve abrir seu próprio negócio.

Segura pelo conhecimento técnico que possui e com a força interna do empreendedor, ela se arrisca abrindo uma empresa. Aí ela tem que sobreviver ao primeiro ciclo de morte, que pega as empresas que nasceram sem pesquisa, plano de negócio e o montante adequado de recursos.

Se sobrevive à primeira fase, sendo um bom técnico, a tendência é de os negócios prosperarem. Aí vem a o segundo ciclo de morte. A empresa tem mais funcionários, fornecedores e clientes. E mais burocracia para cumprir. Nascem o escritório e novos custos fixos. E o dono? Sai da produção e vai para administração. A empresa, ao mesmo tempo, perde um excelente técnico e ganha um péssimo gerente. Seja por não saber gerenciar, seja por não gostar. Por ser inconstante. Empreendedores raramente gostam das funções de gerente. Se sentem mais à vontade na produção ou na criação de novos projetos. Odeiam a repetição, a burocracia. Mas a vida continua.

O Ciclo de Vida das Organizações

A abordagem que fiz acima é interessante, mas limitada. No link abaixo você poderá ver um resumo de uma das abordagens mais interessantes sobre as fases de nascimento, crescimento, envelhecimento e morte das empresas. Ela não foca esses três perfis, concentrando no empreendedor. É muito legal. Mais legal ainda é ler o livro. Confira o artigo:

O ciclo de vida das organizações: em que fase sua empresa está?

Bom, se e quando der vontade de repensar sua empresa, quem sabe mudar de ciclo, considere fazer um Plano Estratégico Empresarial. Só que na PROLUCRO nosso foco sempre é o lucro.

O Mapa PROLUCRO

Confira o artigo acima, caso não conheça. Você vai gostar.

Sucesso.

Flávio

Flávio Barcellos Guimarães
CEO e Consultor
www.prolucro.com.br
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